sábado, 6 de novembro de 2010

100 anos do 1º diagnóstico da Anemia Falciforme.


No dia 27 de outubro completaram-se 100 anos do primeiro diagnóstico da anemia falciforme. Walter Clement Noel (1884-1916),  nasceu em uma grande fazenda num país montanhoso, no extremo norte de Granada, uma pequena ilha do Caribe que na época era uma colônia britânica. Sua família era de fazendeiros ricos, Noel recebeu uma qualidade educacional muito boa e com a participação de Harrison College em Barbados, completando seus estudos de graduação no verão de 1904. Em setembro do mesmo ano, Noel partiu de Barbados para Nova York, durante a longa viagem, ele desenvolveu uma úlcera de perna (uma complicação comum da doença falciforme). Tinha vinte anos quando desembarcou em Chicago (EUA) para estudar estomatologia. Era um jovem de inteligência acima da média, com desejo enorme de entrar para o mundo da medicina. Certo dia, com menos de quatro meses de presença em território norte-americano, Walter Noel procurou ajuda médica no Presbyterian Hospital, acometido de queixas múltiplas, designadamente dispneia, palpitações, cardiomegalia, sopro sistólico e pulsos cheios. O jovem foi atendido pelo médico James Herrick, cardiologista, que na análise sanguínea feita ao paciente descobriu uma alteração física nos glóbulos vermelhos (que se viam ao microscópio em forma de foice, ao invés do seu habitual desenho arredondado). Este olhar lançaria definitivamente um novo e revolucionário conhecimento das Ciências Médicas: estava descrita a anemia falciforme, tal como se a percebe até aos dias de hoje. O médico norte-americano publicou as suas observações na edição de novembro daquele ano do Journal Archives of Internal Medicine.

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