quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Câmara técnica do MS indica transplante de medula para pessoas com Doença Falciforme.

A Câmara Técnica do Ministério da Saúde que discute Transplante de Medula Óssea aprovou a inclusão da Doença Falciforme no roll das doenças crônicas e agudas em que os pacientes poderão se submeter ao tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os detalhes para esse tipo de indicação ainda precisarão ser melhor definidos. Alguns especialistas temem que haja uma corrida indiscriminada de pessoas com doença falciforme em busca do tratamento, que é de altíssima complexida.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Novas regras para doação de sangue.

Saiba o que diz a nova portaria com regras sobre doação de sangue


Nova portaria foi publica no 'Diário Oficial da União'
Faixa etária para doação foi ampliada; é possível doar entre 16 e 67 anos.

NOVA PORTARIA SOBRE DOAÇÃO DE SANGUE

Documentos para doar

Para doar sangue, é preciso apresentar documento de identificação com fotografia, emitido por órgão oficial, e se cadastrar no registro de hemoterapia.

Doador

A doação deve ser voluntária e o doador não pode receber remuneração ou benefício. O sigilo das informações prestadas pelo doador deve ser preservado.

Faixa etária

Antes, apenas pessoas entre 18 e 65 anos podiam doar sangue. Agora, é possível doar entre 18 e 67 anos, 11 meses e 29 dias. Pessoas de 16 e 17 anos podem doar com consentimento dos responsáveis. No caso de pessoas abaixo de 16 anos e acima de 68 anos, o médico pode analisar em casos "tecnicamente justificáveis". O limite para a primeira doação é 60 anos, 11 meses e 29 dias.

Peso

O peso mínimo para doação de sangue se mantém em 50 quilos. No entanto, agora é possível que pessoas abaixo do peso doem após avaliação médica. Não pode ser aceito como doador que perdeu mais do que 10% do peso nos três meses que antecederem a doação.

Condição sexual

A portaria estabelece que a orientação sexual não pode ser usada como critério na seleção de doadores.

Frequência de doação

O homem pode doar sangue até quatro vezes por ano e a mulher até três vezes por ano, sendo que circustâncias especiais devem ser avaliadas por profissionais. O intervalo mínimo de doações é de dois meses para homens e de três meses para mulheres.

Condições momentâneas

  • A menstruação não é contraindicação para a doação de sangue;
  • Quem pratica esportes ou tem ocupação que ofereça risco para si ou outros precisa interromper as atividades 12 horas antes da doação. Entre as atividades estão pilotar avião ou helicóptero e prática de paraquedismo ou mergulho;
  • Não pode doar sangue quem estiver com a temperatura corporal superior a 37ºC. O candidato com sintoma de gripe e temperatura superior a 38ºC precisa aguardar duas semanas após o desaparecimento dos sintomas;
  • Não pode doar sangue quem fez refeição gordurosa nas últimas três horas;
  • Não pode doar quem ingeriu bebida alcoolica nas últimas doze horas;
  • Quem consumiu maconha, não pode doar sangue por 12 horas.

Impedimentos temporários

  • Gestantes e mulheres até 12 semanas após o partido são impedidas de doar sangue. No caso de mãe que tenha que doar sangue para o filho recém-nascido, a doação pode ocorrer se houver consentimento médico;
  • Quem teve malária nos 12 meses antes da doação ou candidato com suspeita de malária nos últimos 30 dias;
  • Fica inapto por 12 meses à doação quem: "tenha feito sexo em troca de dinheiro ou de drogas"; tenha sido vítima de violência sexual ou seus respectivos; homens que tiveram relações sexuais com outros homens; que tenha feito tatuagem ou maquiagem definitiva;
  • Quem tiver piercing na cavidade oral ou na região genital não pode ser doador devido ao risco permanente de infecção. Poderá doar 12 meses após a retirada do piercing;
  • Quem usa crack ou cocaína por via nasal não pode doar sangue até 12 meses após o consumo;
  • Quem tomou vacina contra rubéola precisa esperar duas semanas. No caso de vacinas contra sarampo ou tuberculose, é preciso esperar um mês.
Impedimentos definitivos

  • Quem teve hepatite viral após os 11 anos de idade;
  • Quem teve doença de Chagas não pode doar sangue;
  • Quem permaneceu no Reino Unido ou na Irlanda por mais de 3 meses, de forma cumulativa, após 1980 até 31 de dezembro de 1996;
  • Quem viveu cinco anos ou mais na Europa após 1980 até os dias atuais;
  • No caso de drogras injetáveis, a presença de sinais determina a inaptidão definitiva do doador;
  • Alcoolismo crônico é motivo de inaptidão;
  • Portadores de asma brônquica grave não podem doar sangue.
Recomendações
  • Após a doação, o doador deve ingerir líquido e aguardar 15 minutos no local de doação;
  • O doador deve aguardar 60 minutos após a coleta para fumar.

Fonte: Regulamento Técnico de Procedimentos Hemoterápicos (Portaria 1.353, publicada no "Diário Oficial da União" em 14/06/2011)

sábado, 25 de junho de 2011

35 litros de sangue doados e ação nas ruas de Cabo Frio!

Saldo desta sexta-feira: 


Na manhã de hoje, sexta-feira (24/06), fizemos um mutirão de doação de sangue em agradecimento à população fluminense pelo apoio e solidariedade. A doação foi ordeira, silenciosa e sem cartazes ou faixas. Na calçada, do lado de fora do Hemorio, bombeiros coletaram assinaturas pela anistia irrestrita, criminal e administrativa. SALDO: um total de 35 litros de sangue doados por 75 bombeiros e familiares.



Em Cabo Frio, uma ação levou às ruas centenas de pessoas a favor da anistia dos bombeiros presos


Obrigado a todos que compareceram aos atos!! Obrigado a todos que coletaram assinaturas nos diversos pontos espalhados pelo Rio de Janeiro!! Obrigado a todos que assinaram pela anistia!!

Nos vemos no DOMINGO, 9h, no Aterro do Flamengo!!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Hemorio pede doações de sangue para vítimas do atentado em Realengo - RJ

Todas as bolsas de sangue foram destinadas ao Hospital Albert Schweitzer.

Segundo os bombeiros, ao todo, já são 18 pessoas feridas e 12 mortos.

O Hemorio faz um pedido urgente para que a população doe sangue, já que todo o estoque foi destinado ao Hospital Albert Schweitzer, que atende as vítimas da tragédia no ataque a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, nesta quinta-feira (07/04).O secretário de Saúde do Rio, Sérgio Côrtes, confirmou que 12 pessoas morreram no ataque a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, nesta quinta-feira (07/04).  Ao todo, já são 18 pessoas feridas.

O atirador foi identificado pela polícia como Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos. Segundo a Polícia Militar, ele era ex-aluno da escola.

Para doar sangue é preciso estar bem de saúde, ter entre 18 e 65 anos e pesar mais de 50 kg. Não é necessário estar em jejum. A única recomendação é evitar alimentos gordurosos antes da coleta. Interessados devem se apresentar com um documento de identidade. O Hemorio fica na Rua Frei Caneca 8, no Centro, e funciona de segunda a domingo, das 7h às 18h.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Minha adolescência.

Nessa época de nossas vidas (eu e meu irmão), passamos a frequentar as consultas juntos e já íamos sozinhos para o Hemorio. Ele com uns treze anos e eu com meus quatorze. Começamos a ter nossas dúvidas sobre a vida, nossos amores platônicos (e os que não eram platônicos não se aproximavam de mim com medo da "brabeza" de meu pai rsrs), nossos questionamentos e muitas vezes a não conformação de meu irmão em ter AF surgia  com um pouco de "rebeldia/irritação". Talvez porque ele era muito baixo para a idade em relação aos homens de nossa família e esse questionamento fazia sempre parte das consultas com a hematologista e ela sempre dizia para ele ter paciência que iria crescer. Eu também era a mais baixa da turma, mas não me incomodava muito porque as mulheres da família também eram. A icterícia nele era bastante acentuada enquanto em mim quase não se notava, mas eu sofria com muitas dores e ele não apresentava esse quadro. O que me incomodava era o fato de não ter menstruado até aos quatorze anos e todas as minhas amigas já tinham passado por isso, mas quando descobri que com minha mãe foi a mesma coisa e uma amiga me contou que a avó dela ainda foi com mais idade, descansei. Se eu soubesse que nos dias de hoje eu teria que usar anticoncepcional direto para não menstruar e me sentir melhor em relação a AF eu não faria a menor questão disso, eu só ovularia uma vez para ter meu filho e é claro, não menstruaria nessa situação rsrsrs. A pior coisa que nos aconteceu na adolescência foi ter adquirido Dengue, eu estava com quinze anos e meu irmão com quatorze. Numa noite senti um mosquito me picar e o matei, examinei-o e tinha as características do Aedes aegypti. Brinquei dizendo que só não podia ser o da Dengue, no outro dia estávamos cheios de febre no final da tarde (sentíamos um frio louco) e muita dor e tremedeira nos joelhos. Tarde da noite meu irmão começou a delirar, já tínhamos tomado antitérmico, mas a febre voltava e meu irmão não falava coisa com coisa. Via gaiolas pelas paredes, repórteres pendurados pelo teto e seus olhos estavam como quem não me via. Lá ia eu me arrastando até o quarto dos meus pais para virem ver meu irmão, assim que eles entraram no quarto meu irmão teve uma crise convulsiva horrorosa (eu nunca tinha visto aquilo), meus pais não souberam identificar o que estava ocorrendo e pude ver meu pai sobre meu irmão fazendo massagem cardíaca nele, sacudindo-o para falar alguma coisa e ele depois da convulsão ficou todo duro e o terror se abateu sobre nós. Eu mal podia andar, mas saí do quarto e ajoelhei-me no corredor e só orava para aquilo acabar, minha mãe chorava, meu pai carregava meu irmão no colo para descer as escadas e colocá-lo no carro. Devia ser umas quatro horas da manhã e meu irmão continuava com os músculos rígidos, então um entregador de jornal vendo a cena e a dificuldade para colocar meu irmão dentro de um carro de duas portas veio correndo ajudar e fomos todos para o Hemorio, no caminho meu irmão deitado no colo da minha mãe no banco de trás começou a contar números acima de mil e retornava para o número mil e um e o repetia direto, de repente meu irmão ficava lúcido por uns minutos e vendo todos nervosos passava a avisar meu pai: _ Pai! Fica calmo, mas vai me dar aquilo de novo! E ele voltava a ter convulsão, isso aconteceu umas duas vezes no carro e meu pai dirigia e chorava querendo olhar para trás, então minha mãe falava para ele prestar atenção na direção ( foi a primeira vez que vi meu pai um tanto descontrolado) e eu ali no banco ao lado do meu pai morrendo de medo de acontecer o pior. Quando chegamos no Hemorio meu pai tirou meu irmão do carro e carregava-o nos braços aos prantos juntamente com minha mãe e eu. Uma equipe médica veio logo correndo vendo toda aquela situação, tomaram meu irmão dos braços do meu pai e o levaram para dentro e claro que não deixaram meus pais acompanhá-lo porque estavam muito nervosos. Lembro do Dr. Maurício Cursino falando com meu pai que depois traria notícia, meu pai agitado dizia que não queria saber de notícia nenhuma achando que a palavra notícia queria dizer o pior. Ficamos então internados, eu no sétimo andar... ele no sexto e minha mãe de acompanhante para nós dois subindo e descendo todos os dias para ficar um pouco comigo e claro muito mais com meu irmão que precisava quase o tempo todo dela, após exames ficamos sabendo que era Dengue e o quadro do meu irmão foi aos poucos se estabilizando. Ele teve que fazer vários exames até fora do Hemorio, tomografia e outros para ver a necessidade de ficar realizando transfusões por um período e também para verificar se ficariam algumas sequelas cerebrais, o que não ocorreu graças a Deus, mas ele ficou em pele e osso a ponto de ser carregado no colo para banho e realizações de exames. Eu emagreci pouco e não tive grandes complicações, fiquei internada por dezessete dias e meu irmão por vinte e um dias, eu estudava numa escola particular e por incrível que pareça assim que internei o sindicato dos professores das escolas particulares resolveu fazer uma greve que durou quase um mês e com isso não perdi matéria e não me atrasei nos estudos (lembro-me somente de duas paralisações de vinte quatro horas em anos estudando em escola particular e pela primeira vez na minha vida de estudante até aquela época acontecia uma greve duradoura que me beneficiou muito, meus amigos de colégio nem ficaram sabendo que eu estava com Dengue, só depois que retornamos à escola foi que contei e fiquei sabendo de parentes e amigos deles que tinham tido Dengue também, foi uma endemia no RJ em 1987). Nesse período de internação, conheci a martinha com vinte e um anos e ela sentia dores horríveis a ponto de bater com a cabeça na parede, os médicos tinham que contê-la e aplicar "acredito eu que algum tipo de opióide" porque depois ela melhorava. Martinha tinha os dedos de um dos pés todos de tamanhos irregulares e tortos devido a AF seu osso de um dos punhos também era grande e mais sobressaltado, ela me contou que quando morou no Rio Grande do Sul não podia estudar e mal sair de casa pelo excesso de frio; conheci também a Rosalina que descobriu ter AF aos dezesseis anos e naquela época estava com 18 ou 19 anos, ela era de Minas Gerais e estava morando no Rio acho que com um irmão e tinha começado a se tratar no Hemorio. Então ficávamos as três papeando sobre nossas vidas (paqueras, sonhos, esperanças e também desilusões) e o tempo ia passando. Lembro que colocaram uma televisão na nossa enfermaria e ficamos muito felizes porque iria passar o filme Lagoa azul e como jovens que éramos ficamos apaixonadas pelo filme. Nos dias de visita nossos amigos e parentes sempre passavam no sexto andar primeiro e depois seguiam para onde eu estava, sempre fui muito observadora e via nitidamente as feições preocupadas deles se alegrarem ao me ver e ficava pensando em como estaria meu irmão embora minha mãe sempre dizia que ele estava bem, numa dessas visitas meu pai estava presente e subia junto com as visitas preocupadas e ele mesmo percebendo a mudança nas pessoas falou claramente a todos bem na minha frente: _ Não se preocupem ele também vai sair dessa! Eu tenho certeza em Deus! Quando tive alta pude ver meu irmão finalmente, eu o achei magrinho, mas depois quando vi uma foto que ele teve que tirar para documentação médica fiquei assustada, parecia uma caveirinha. Outro menino mais novo que meu irmão não teve a mesma sorte que ele, ficou com sequelas mentais e fazia um monte de coisas que deixava a mãe dele doida, até barata ele comia. A pouco tempo vi esse menino, já um rapaz, no Hemorio e não melhorou em nada, está totalmente dependente, não fala direito e também não anda. Poucos anos depois dessa internação mais ou menos uns dois fiquei sabendo que Martinha e também Rosalina tinham falecido, não sei se é verdade, mas nunca mais as vi. Essa foi a pior experiência que tivemos em nossa adolescência.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Piauí estuda montar rede estadual para suporte as pessoas com anemia falciforme.

A prioridade da rede é organização da fase 1 e 2 da Triagem Neonatal, que visa o diagnóstico precoce da anemia falciforme.

Técnicos da Secretaria da Saúde do Piauí, Hospital Infantil e Getúlio Vargas se reuniram, nesta semana, para discutir a implantação da Política Estadual de Atenção à Pessoa com Anemia Falciforme. O principal objetivo é a montagem de uma rede estadual que possa dar suporte às pessoas portadoras da doença. A prioridade da rede é organização da fase 1 e 2 da Triagem Neonatal, que visa o diagnóstico precoce da anemia.
Dessa reunião surgiu um grupo de trabalho para elaboração das ações. Participou ainda, o professor Leonardo Ferreira, pesquisador do assunto na Universidade Federal do Piauí (UFPI). O segundo ponto é ajustar a Atenção Básica para que ela tenha condições de receber os pacientes. O terceiro ponto é estruturar uma rede de atendimento nas unidades de referência ao atendimento no estado que são Hemopi, Hospital Infantil, Hospital Getulio Vargas e Lacen.
No Piauí, a anemia falciforme ainda não é diagnosticada precocemente, o que atrasa o tratamento e a melhor qualidade de vida do paciente. Implantando a fase 2 do teste do pezinho, é possível obter esse diagnóstico. " Assim o paciente pode controlar a doença e receber cuidados, sem precisar ir sempre aos centros de referência e sem complicações" , disse Cristiane Moura Fé, superintendente estadual de Atenção à Saúde. Nos anos de 2009 e 2010 , 0,9% dos nascidos vivos foram diagnosticados com anemia falciforme . 4 % da população possui o traço genético ou a própria doença.
A doutora Leiva Moura, médica do Hospital Infantil e integrante do grupo de organização da política de atenção a pessoa com anemia falciforme, acredita que o diagnóstico precoce e a ampliação da atenção ao paciente são se suma importância no sucesso do tratamento.
Fonte: Isaude.net

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Composto sintético previne crises de dor na anemia falciforme

Foto: Phil Jones/GHSU
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Da esquerda para a direira: Dr. Diana R. Gutsaeva, C. Alvin Head, Tohru Ikuta e James B. Parkerson

Aptâmero combate a adesão celular impedindo que glóbulos vermelhos em forma de foice se acumulem nos vasos sanguíneos pequenos

Composto sintético impede o congestionamento de tráfego de células que provoca crises de dor debilitante e mortalidade associada à anemia falciforme, de acordo com pesquisadores do Medical College of Georgia, nos Estados Unidos.
O aptâmero, desenvolvido pela Archemix Corporation, nos Estados Unidos, trabalha ocupando os receptores pegajosos que revestem as paredes dos vasos sanguíneos pequenos, onde os glóbulos vermelhos no formato de foice e os glóbulos brancos podem se acumular. O engarrafamento de células obstrui o fluxo de sangue e de oxigênio, causando dor e dano aos órgãos, e, eventualmente, a morte.
Funcional
Em ratos com doença, a administração do aptâmero antes de uma crise de dor reduziu a adesão de hemácias falciformes em 90% e dos glóbulos brancos em 80%. Os animais também tiveram aumento da velocidade do fluxo sanguíneo e redução da mortalidade.
Pesquisadores defendem que o composto pode agora avançar para testes clínicos com potencial para tratar uma crise de dor aguda, tratada hoje em dia com drogas. A atual forma do aptâmero é líquida e ele foi administrado por via intravenosa ou injetada sob a pele.
O novo aptâmero tem como alvo os receptores P-selectina, que são altamente expressos em pacientes com anemia falciforme.
"O aptâmero bloqueia os receptores para que eles não funcionem", disse o coautor do estudo, Tohru Ikuta. "Não há quase nenhum bom composto que inibe a adesão celular e muitos são tóxicos. Pelo menos nos estudos animais, o novo composto não é tóxico e não provoca uma resposta imune."
"Muitas pessoas estão se concentrando no desenvolvimento de novas terapias para a doença falciforme, porque nos dias de hoje só há uma escolha aprovada pela FDA (hidroxiureia, um agente quimioterapêutico)", explicou a autora do estudo, Diana R. Gutsaeva. "Nós acreditamos que este aptâmero tem potencial para ser uma das novas terapias."
Fonte: Isaude.net

sábado, 15 de janeiro de 2011

De onde acredito que tenha vindo um gene S para mim.

Essa é a história da família Moura, que em um post mais antigo mencionei contar aqui. Que explica que Moura não vem dos mouros como muitos pensam.

                                                                    Brasão dos Moura

ORIGEM DA FAMÍLIA MOURA

* Informações do jornalista Roberto Hilas de Moura, em Dezembro/99 para conhecimento de toda a família.
* Aqui se encontra somente a parte da informação generalizada da família Moura, as particularidades e nomes dos entes do jornalista foram retiradas.

Na verdade, nosso nome é Mor, do latim Morus nigra, uma árvore do Oriente Médio, um tipo de amoreira. Se te contaram que descendíamos de navegadores portugueses, não te surpreenderás com o que vou dizer agora: descendemos de Bastião De Moura, o maior navegador português da virada do século XV para o XVI, em cujo navio (seu), o Esperança, ele fugiu da Inquisição com a família, indo para Honfleur, França, porto da Normandia. Bastião foi o comandante do Espoir (afrancesamento de Esperança) d'Honfleur, o primeiro navio sob bandeira francesa a chegar à Índia, em 1505.
O pai dele, João De Moura, foi o mais exuberante navegador português de meados do século XV. Foi quem fixou nos mapas as rotas lusitanas pela África. Vasco da Gama valeu-se dos mapas feitos por esse nosso ancestral para contornar a África.
Agora, vai uma informação que te surpreenderá, com certeza: os Mor/Moura eram portugueses desde o século XII, pois lutaram no exército que criou Portugal no século XIII e, por isso, ganharam uma cidade como prêmio do primeiro rei de Portugal. Entretanto, . . . não eram cristãos: eram judeus. Eram judeus de uma família de navegadores do Mediterrâneo, de desde os tempos do Império Romano. Levei anos pesquisando isso.
Busquei nossos parentes que fugiram da Inquisição e foram para Amsterdã, Holanda. São nossos parentes: os Mor da Holanda; os More do Reino Unido, dos EUA, da Austrália, da Nova Zelândia e do Canadá; os Mora da Espanha, os Moura de Alexandria, do Egito - que desde 1952 mudaram-se para Israel.
Os Mor eram israelitas da tribo de Judá, do local onde hoje fica a Jordânia. E, por tradição, fomos preponderantemente navegadores e cartógrafos, até o século XVIII. Portanto, Moura, nosso nome, não tem nada a ver com Mouro. Nada mesmo.
Em tempo: o atual (1999) cônsul de Israel em S. Paulo é da família Mor, descendente de um herói da formação do atual Estado de Israel.A propósito da nossa origem familiar, nós somos De Moura e não apenas Moura. Por razões que desconheço, o nome Mor teria originado a palavra “moreno” (ou o queimado do Sol). Sobre a nossa família (apenas posso inferir), os que foram registrados como Moura, têm ancestrais De Moura até o século XIII. Anteriormente a isso, éramos conhecidos como Mor (houve pessoas que preservaram o sobrenome Mor e que foram, reconhecidamente, parentes). Isso era fácil de reconhecer, pois na Idade Média, a maior cidade de Portugal, Lisboa, não chegava a ter 10 mil habitantes.
Quando nossa família fugiu da Inquisição Católica (uma das poucas famílias de portugueses de religião judaica que conseguiram isso), em 1498, os parentes nossos que foram para Amsterdã adotaram, aos poucos (até cerca de 1658), o nome Mor. Os que ficaram por lá são Mor até hoje. São membros da Congregação dos Judeus Portugueses da capital da Holanda. Os que, entre os anos 1658 e 1664 foram para as ilhas britânicas, depois para as Antilhas Britânicas, e depois para as demais possessões britânicas (EUA, Austrália etc.), adotaram o More (não é Moore, mas More). Os Moura – a família era de judeus sefaraditas – dos reinos ibéricos (Castela etc.) viraram Mora, e foram maciçamente batizados como católicos, ainda que pela força: muitos morreram queimados em praça pública acusados de prática de uma religião ilegal, o judaísmo.
Um parente nosso, francês, escreveu uma tese universitária sobre o Mora.
Os Moura chegaram ao Brasil – litoral da Bahia – em 1503, no navio de Bastião De Moura, o Espoir d’Honfleur. Ele voltou para Honfleur na França ao final de 1503, e em 1504 passou outra vez pelo mesmo litoral brasileiro, da atual Bahia, e deixou mais parentes nossos.
E depois, seguiu para a Índia, numa missão comercial francesa, a primeira daquele país até a península Índica (somos uma das dez famílias mais antigas do Brasil; mais antigas que a nossa, só as dos descendentes dos marinheiros do navio de Cabral que fugiram em 1500, embrenhando-se na floresta, e as dos descendentes de portugueses que, estranhamente, foram descobertos nas proximidades de onde hoje é Santos, e que ninguém sabe ao certo por que estavam lá – onde devem ter chegado antes de 1500). Bastião conhecia exaustivamente as rotas oceânicas, não apenas por ser filho de João De Moura, o excepcional navegador português de meados do século XV. Também detinha no cérebro informações de uma família dedicada aos oceanos e mares desde tempos remotíssimos. Naqueles tempos, a pessoa já nascia sabendo que profissão teria, pois inexistiam escolas, e os filhos eram sempre aprendizes da profissão paterna; entre os Moura, quem não era navegador era cartógrafo, e ambos eram igualmente comerciantes).
Os sefaraditas, todos da tribo de Judá, durante o império israelita sob reinado de Salomão, ocuparam portos do norte da África, da península Ibérica e outros pontos estratégicos do Mediterrâneo, até as ilhas britânicas.
Os judeus, portanto, foram os primeiros ibéricos de religião monoteísta, muito antes de o catolicismo chegar ali. Em termos de data, isso significa que o sefaraditas, judeus da tribo de Judá, estavam onde hoje é a Espanha e Portugal, desde o ano 900 antes de Cristo. A cristianização dos demais ibéricos aconteceu só a partir do século V da atual Era (cerca de 500 anos depois de Cristo).
Isso deve ser surpreendente para você, mas para mim é como se fosse ontem. Estudei isso anos e anos, li milhares de livros, de muitos países, conversei com historiadores das mais diversas nacionalidades, e o que estou passando para você é uma história em que nos confundimos com a própria História.
Passei a ter orgulho dos Mor/Moura, e passei a conhecer o judaísmo, uma vez que li muitos livros em que a história misturava-se com a religião. Digo-me judeu, mas nunca entrei numa sinagoga. Definitivamente, não tenho religião.
Se você ler os livros do início de cada religião, você verá que todas têm uma mesma base, que já está presente nos textos de Moisés; se você colocar em computador as datas fundamentais do surgimento de todas as religiões, você perceberá que tudo começou no Egito faraônico, quando Moisés, salvo das águas do Nilo, foi adotado pela irmã do faraó: ele foi tornado príncipe, e foi aluno dos gênios culturais da época.
O judaísmo, portanto, tem raízes na religião egípcia do tempo dos faraós, o que é um detalhe que pouquíssimos sabem, e informação que irrita aos judeus, mesmo os mais cultos.
Se você estudar o surgimento de todas as religiões desde os primórdios delas, e justapor todas as informações com a progressão do processo civilizatório humano ao longo de milhares de anos, perceberá que a Ética é a base das religiões, e que a Ética foi avançando pelo planeta na medida em que a cultura foi sendo deslocada por aqueles homens que faziam comércio. Em síntese: a Ética não é grega, mas egípcia; Moisés, o israelita príncipe egípcio deu início ao processo, sendo representante do Divino.
A cultura familiar infelizmente é desconhecida na nossa pátria. Mas entre outros povos, todos sabem tudo sobre suas origens. Os alemães, por exemplo, sabem quase tudo sobre as tribos germânicas, de onde vieram, como chegaram na Europa. Estudam isso e curtem esse estudo.
Eu quero te passar as informações, para que tenhas orgulho do que fomos como família, do que somos como brasileiros.
Tenho muito orgulho dos nossos ancestrais.
O primeiro feudo europeu de uma família de religião não católica foi a dos De Moura, no século XII, a cidadela De Moura, em Portugal.
O primeiro rei de Portugal, Dom Afonso Henriques (Afonso I), nos deu um feudo por sermos heróis da independência portuguesa. Ele tinha, em seu exército, duas tropas de religiões não-cristãs: a nossa, de nossa família, judeus sefaraditas, e uma de portucalenses de religião islâmica.
A cidade De Moura existe até hoje, e lá estão as ruínas do palácio árabe que nós sitiamos e conquistamos. Somos lusitanos desde o primeiro momento. Mas, infelizmente, nos séculos XIV e XV deram-se as perseguições contra os portugueses de religiões judaica e muçulmana.
Mas agora isso já não é importante vivencialmente. Importância tem, como história. Só isso. Foi uma parenta de João De Moura, aia da rainha portuguesa na primeira metade do século XV, a mentora escolar daquele que depois de adulto entraria para a história como o criador da escola de Sagres, líder dos navegadores que fizeram a glória de Portugal, o Infante Dom Henrique.
Por influência dela ele foi grande amigo dos navegadores de religião judaica. Entre os grandes navegadores de Portugal nos séculos XIII, XIV e XV quase a metade era de judeus praticantes ou cristãos-novos (judeus que aceitaram o batismo com receio das perseguições religiosas).
Sobre nossa família, tenho algumas informações que acho que vão te interessar. Primeiro, quero destacar que estará nas livrarias em breve um livro, Dicionário das Famílias Brasileiras, quase 3 mil páginas, escrito por Eduardo de Almeida Barata e Antônio Henrique da Cunha Bueno, ambos paulistas.
Neste livro, uma das famílias estudadas é a nossa. Só que os dois autores evitaram detalhar as verdadeiras origens de muitas das famílias, dos De Moura, inclusive; apenas citam que temos o direito de assim sermos chamados familiarmente porque conquistamos a fortaleza árabe que depois se chamou Moura; porque durante a guerra de cerco à cidadela - quando da transformação do condado Portucalense em reino de Portugal - uma suposta princesa árabe filha do líder local suicidou-se atirando-se do alto da torre principal. Tudo firulas... balelas, que quem estudar a história lusitana verá que é invencionice para esconder origens familiares desagradáveis ao establishment católico. Mostra também que nossa família tinha um brasão, até‚ bonito, o que é verdadeiro: temos um brasão, e detemos o direito de usá-lo.
Como já foi dito anteriormente, os Moura foram a primeira família não católica, em toda a Europa, a ter um feudo medieval, isso no século XII. Moura foi nosso feudo; ou melhor, de nossos ancestrais. É hoje uma cidade bonita, perto da fronteira de Portugal com o Algarve (que há tempos era um reino coligado).
Se leres o livro do Cunha Bueno e do Barata, não acredite em tudo. Para ele, os Moura são cristãos velhos, o que de fato nunca fomos. Mas de fato temos um brasão. Aliás, os judeus de muitas famílias européias conquistaram esse direito, e algumas são nobres com direito assumido. Existem diversas, na Europa.
Em linguagem de historiógrafo, fomos judeus da corte, ou seja, cidadãos que trabalhavam para o reino em funções de interesse do estado português.
Em alguns momentos da história portuguesa, casamos com aristocratas e tivemos destaque nos governos. Por isso muitos Mor/Moura aceitaram o batismo, para melhor serem aceitos como lusitanos pelos católicos...
Outra curiosidade que o livro de Cunha Bueno e Barata irá revelar.
A família Cavalcanti, uma das campeãs em divisões familiares no País, surgida em Pernambuco na segunda metade do século XVI, provavelmente em 1592, resultou do casamento de um europeu de nome aportuguesado Francisco de Cavalcanti com uma mulher mestiça de índia da família Moura. Os Cavalcanti são, portanto, aparentados conosco desde a origem, na segunda metade do século XVI.
Outra curiosidade: os Cavalcanti se pensam descendentes de um italiano, só que na Itália inexiste, originalmente, tal família. Logo, ele, na realidade, não era um Cavalcanti, ou então a grafia está equivocada. Eu penso que ele nem italiano era. E que Cavalcanti possa ser fonetização de duas palavras de origem germânica, kawal kant.
De qualquer maneira, no livro do Cunha Bueno e do Barata, existem 880 linhas de texto sobre a família Cavalcanti, a mais densamente analisada.
Se tivéssemos no País a tradição dos nomes compostos, eles se chamariam, desde o berço, Moura-Cavalcanti. Conto isso para que possas mensurar a importância de nossa família, ao longo dos séculos.
Os De Moura e os Moura: uma simples exclusão do De na hora de registrar os descendentes ou por preocupação Política como está citado num exemplo abaixo.
João Felisberto De Moura. Era de São João del Rey, Minas Gerais, cidade importante durante o império.
O fato dele ter chamado o filho de Olímpio revela uma preocupação histórica, cultural, pois deriva de Olimpo, Grécia, o berço da república, da gestão pública dos interesses do povo. O fato dele excluir o "De" do nome do filho Olímpio Moura, revela uma preocupação política, pois, durante a luta pela república, o "De" significava origem aristocrática, e os republicanos queriam cortar as ligações com Portugal, uma monarquia. Só que o "De" não tem nada de aristocrático. É muito anterior a essa concepção do Renascimento.
Os De Moura nunca foram gentil`homens em Portugal, pois trabalharam pesado. O De Moura que foi vice-rei do Brasil, no século XVIII, era um trabalhador, tanto que chegou a morar em Mato Grosso, onde só havia brenhas, naquelas épocas. Nunca fomos de boa vida. E como já foi dito algumas vezes, tenho orgulho dessa família antiqüíssima como poucas o são.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Projeto na Câmara prevê liberação do FGTS para pessoas com DF

A Câmara analisa o Projeto de Lei 8017/10, do deputado Márcio Marinho (PRB-BA), que possibilita o saque do dinheiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) pelo trabalhador ou dependente que tiver anemia falciforme. A proposta altera a Lei 8.036/90, que instituiu o fundo.
A legislação atual autoriza o saque do FGTS quando o trabalhador ou algum dependente estiver em estágio terminal, por doença grave; for portador do vírus HIV; ou for acometido de câncer maligno. Além dessas doenças, o fundo pode ser utilizado em casos de demissão sem justa causa, aposentadoria, extinção da empresa contratante e financiamento habitacional, entre outros.
De acordo com Marinho, a inclusão da anemia falciforme na lei ajudará a dar oportunidade de tratamento para trabalhadores e dependentes. “O uso do FGTS para pagar o tratamento de doenças cumpre a finalidade da norma, garantindo o direito à vida, à dignidade da pessoa humana e à saúde”, afirmou.
Ele observou que o Judiciário tem autorizado o resgate do FGTS para tratamento de doenças não incluídas na legislação.
Anemia
A anemia falciforme é hereditária e caracteriza-se pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, que se tornam parecidos com foices. Essas células têm suas membranas alteradas e rompem-se mais facilmente, causando a anemia.
Segundo dados da Associação de Anemia Falciforme do Estado de São Paulo (AAFESP) citados pelo parlamentar, a doença atinge 1 em cada 1000 crianças nascidas. Em alguns estados brasileiros, como a Bahia, a doença chega a atingir 1 em cada 500 recém-nascidos, de acordo com o Ministério da Saúde.
A doença é, segundo lembra o parlamentar, mais comum em negros e atinge 8% da população negra do País. De acordo com a AAFESP, a expectativa de vida de um brasileiro com esse tipo de anemia é de 30 anos.
Tramitação
O projeto será arquivado pela Mesa Diretora  no dia 1º de fevereiro, por causa do fim da legislatura. Porém, como o autor foi reeleito ele poderá desarquivá-lo. Nesse caso, a proposta será analisada em caráter conclusivo  pelas comissões de Finanças e Tributação; de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara de Notícias